No mês passado, a Lei de Cotas completou 27 anos. Uma política de ação afirmativa que há quase três décadas serve de instrumento para garantir o direito ao trabalho para as pessoas com deficiência. Apesar da idade avançada, muitas empresas ainda encontram dificuldade e recorrentemente sofrem com a fiscalização dos órgão governamentais competentes, pelo descumprimento da lei.
Segundo o IBGE, o Brasil possui aproximadamente 45 milhões pessoas com deficiência, um número que equivale a população do Estado de São Paulo. Se consideradas somente as pessoas em idade de trabalho, são 31 milhões de pessoas que desejam buscar sua independência e planejar um futuro. Para isso, muitas vezes, tudo que precisam para mostrar o seu valor se resume em uma palavra: oportunidade.
É nesse contexto que cabe uma política de ação afirmativa. Ela é necessária para reduzir o nítido desequilíbrio estatístico e tem a intenção de equiparar as oportunidades, promover a inclusão e reduzir a discriminação. Não se trata de um privilégio, pois na maioria das vezes as pessoas são privadas das oportunidades de trabalho por conta do preconceito. Também não se trata de assistencialismo ou protecionismo, pois tem como finalidade a equiparação de oportunidade de acesso a um direito fundamental, que é o trabalho.
Dentre os importantes indicadores de inclusão, e da efetividade da Lei de Cotas, podemos destacar os números do Ministério do Trabalho, que indicam que temos 418 mil pessoas com deficiência em empregos formais. Do mesmo modo que ainda é distante do total de pessoas com deficiência que buscam uma ocupação, representa apenas 1% do total no número de trabalhadores brasileiros.
Para cumprir a Lei de Cotas, é preciso se aprofundar um pouco no tema. A jornada em direção a gestão inclusiva começa pelo conhecimento. É preciso compreender a razão da existência da lei, conhecer a legislação, saber o significado dos conceitos de inclusão e acessibilidade, conhecer os tipos de deficiência, de tecnologia assistiva e das possíveis adaptações razoáveis, e por fim saber diferenciar com muita clareza a diferença entre incapacidade e deficiência.
O curso Contratação de Pessoas com Deficiência e Gestão Inclusiva, que lançamos pela Santa Causa no início do ano na plataforma online Udemy, foi a maneira que encontramos de contribuir para desmistificar ideias ultrapassadas sobre a capacidade de trabalho da pessoa com deficiência e orientar como empresas podem criar programas de inclusão, etapa por etapa, para que tenham mais chances de sucesso na contratação.
Uma empresa preparada construirá um programa que resolve não apenas uma necessidade de cumprimento legal, mas também a ajudará a crescer com a diversidade. Um programa de diversidade traz inúmeros benefícios e com poucos conhecimentos é possível fazer enorme diferença no dia a dia da empresa e dos seus trabalhadores
Sobre o curso “Contratação de Pessoas com Deficiência e Gestão Inclusiva”
Inédito no Brasil, o curso “Contratação de Pessoas com Deficiência e Gestão Inclusiva”, criado pela Santa Causa Boas Ideias & Projetos, é composto por 21 aulas, divididas em três módulos: Profissional com Deficiência, Acessibilidade e Programa de Inclusão. O objetivo é preparar gestores de empresas e profissionais de recursos humanos para o desafio de incluir pessoas com deficiência no mercado de trabalho e focar em ações para valorizar a diversidade.
site: www.udemy.com/inclusaoprofissional
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Aline Morais e Rafael Públio, causadores do Santa Causa Boas Ideias & Projetos
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#descricaodaimagem: foto de uma pessoa de pele negra, sentada com a perna cruzada e com um jornal de negócios com o título Business nas mãos. A pessoa veste camisa branca, blazer, calça risca de giz, sapato social com meia vermelha. Seu rosto não aparece na imagem.